17/09/2009
Autores: Felisbina Queiroga* & Carlos Lopes*** Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
** Instituto Português de Oncologia – Núcleo de Porto
Summary
Canine mammary tumors are the second most frequent tumor in canines (25% a 50%). They
affect almost exclusively individuals of the female sex, with an increasing of incidence from 6-7
years of age. Canine mammary tumors are clearly a hormonally dependent tumor. The risk of
developing mammary tumors in dogs spayed prior the first estrus is 0,05%, 8% after the first estrus,
and after the second estrus the risk will increase to 26%.
The dog has five pairs of glands, all of which can develop one or more benign or malignant
tumors. The most definitive way to obtain a diagnosis is through an excisional biopsy. If lymph
node metastasis is suspected, cytology can be used to assess these nodes for metastasis. Surgery
remains the treatment of choice for all dogs with mammary gland tumors, with the exception of
those with inflammatory carcinomas and distant metastasis. The type of surgery will depend on the
extent of disease. In canine mammary tumors the significant prognostic factors are: histologic type;
degree of invasion, degree of nuclear differentiation, tumor size, ulceration, lymph node metastasis
and distant metastases.
New prognostic factors in molecular biology have been developed (hormonal receptors,
proliferation rates, microvascularization density, etc.), but they remain as investigation techniques.
Further pathologic and clinical studies are need to evaluate their prognostic value allowing the use
of these techniques in the routinary pathologic diagnosis.
Introdução
Os tumores mamários caninos (TMC) constituem aproximadamente 52% de todos os
tumores que afectam as fêmeas desta espécie, embora a incidência mostre tendência para diminuir,
uma vez que a prática da ovariectomia em fêmeas jovens é cada vez mais comum.
A cadela apresenta, em média, cinco pares de glândulas mamárias, como pode ser observado
na figura 1, no entanto o seu número pode variar de 4 a 6 pares de glândulas.
A drenagem linfática dos tumores mamários caninos é complexa, tendo sido demonstrado
que podem existir comunicações linfáticas entre a cadeia mamária direita e a cadeia mamária
esquerda e entre glândulas adjacentes de uma mesma cadeia, em direcção cranial e caudal. As
comunicações mais comuns são entre as glândulas 1 e 2, drenadas pelo gânglio linfático axilar, e
entre as glândulas 4 e 5 drenadas pelo gânglio linfático inguinal superficial. A glândula mamária 3
(abdominal cranial) é drenada pelo gânglio axilar mas é frequente ser drenada em simultâneo pelo
gânglio inguinal superficial. A existência de comunicações linfáticas inconstantes, parece contribuir
para que as metástases linfáticas possam ocorrer sem respeitar o sentido habitual da corrente
linfática.
Aproximadamente 50 % dos TMC são malignos. A maioria afecta cadelas com idades
compreendidas entre os 8 e os 10 anos, no entanto, podem surgir tumores malignos em cadelas com
menos de 5 anos. Não existe uma predisposição racial evidente, embora as raças de caça sejam
apontadas por alguns autores como tendo uma maior predisposição para esta patologia. Os animais
das raças Boxer e Beegle são referidos como aqueles que apresentam menor risco de contrair
tumores de mama.
Na génese destas neoplasias estão envolvidos factores de natureza genética, ambiental e
hormonal. O papel das hormonas sexuais na génese destas neoplasias está extensamente estudado e
estabelecido. Esta hipótese é suportada pelo facto da incidência destes tumores aumentar de forma
pronunciada quando a castração se efectua após o 2º ciclo éstrico. Quando as cadelas são castradas
antes do 1º cio o risco de desenvolverem tumores de mama é de 0,05%. Se a castração é efectuada
após o 1º cio o risco é de 8%, aumentando para 26% se a castração for efectuada após o 2º ciclo
éstrico. No entanto, quando a ovariectomia é efectuada após o desenvolvimento de um tumor
mamário não apresenta benefícios acrescidos, a não ser diminuir o risco de doenças do foro
ginecológico.
Recentemente têm sido apontados alguns factores nutricionais, nomeadamente a obesidade,
como promotores da carcinogénese. Um estudo realizado por Sonnenschein e colaboradores em
1991, mostra que cadelas obesas entre os 9 e os 11 meses de idade apresentam risco acrescido de
desenvolverem tumores de mama na idade adulta.
Apresentação clínica
Como referido anteriormente, as cadelas têm 5 pares de glândulas mamárias, podendo cada
destas apresentar um ou mais tumores de natureza benigna e/ou maligna.
Em regra, o tamanho dos tumores pode variar, desde pequenos nódulos com 0,5 cm de
diâmetro até tumores com mais de 15 cm no seu maior diâmetro. Em alguns animais o tumor pode
apresentar ulceração cutânea ou sinais evidentes de inflamação, como é o caso do carcinoma
inflamatório.
Quando estamos perante um carcinoma inflamatório, este apresenta geralmente uma aspecto
infiltrativo, quente ao toque, podendo apresentar-se associado a edema das extremidades.
A maioria dos tumores benignos são pequenos (< 3 cm), bem circunscritos e firmes à
palpação. Os tumores malignos apresentam na maioria dos casos tamanho superior a 5 cm,
aderências a planos profundos, podendo apresentar por vezes, ulceração cutânea.
Uma grande percentagem de tumores (@ 60%) localiza-se nas mamas inguinais. Este aspecto
não está relacionado com o comportamento tumoral, mas com o maior volume destas glândulas e
com as correspondentes alterações proliferativas em resposta aos estrogénios. De facto, a
localização tumoral na cadeia mamária não parece ter qualquer relação com o comportamento
tumoral.
Avaliação clínica
Durante o exame físico devem explorar-se as duas cadeias mamárias e os gânglios linfáticos
regionais. Para proceder ao correcto estadiamento clínico da doença devem realizar-se radiografias
torácicas (projecção direita e esquerda e ventrodorsal), a fim de avaliar a existência de metastização
a nível dos pulmões e gânglios linfáticos esternais. Por vezes é aconselhável avaliar a região
sublombar (quando o tumor envolve as mamas abdominal caudal e inguinal), realizando
radiografias abdominais caudais e ecografía abdominal.
Estádio clínico
A determinação do estádio clínico (Quadro 1) permite definir a extensão do processo
tumoral e deve ser estabelecido antes de se proceder a qualquer opção terapêutica. Os critérios que
se devem avaliar são:
- Tumor primário (tamanho; presença de aderências; ulceração; crescimento rápido recente;
evidências de inflamação)
- Gânglios linfáticos regionais (axilares e inguinais)
-Verificar a existência de metástases à distância (pulmão; fígado; gânglios linfáticos
esternais e sublombares).
O sistema TNM estabelecido pela Organização Mundial de Saúde
(O.M.S) para os tumores mamários caninos, em que T é o diâmetro máximo do tumor primário
(T1-menor que 3 cm; T2-3-5 cm; T3-maior que 5 cm), N é o envolvimento dos gânglios linfáticos
regionais (N0-não evidente; N1-ipsilateral; N2-bilateral) e M é a presença de metástases à
distância: (M0-ausente; M1-presente). A classificação original do sistema TNM exige a
confirmação histológica dos gânglios linfáticos regionais (axilares e/ou inguinais) para se poder
estabelecer o critério de estádio clínico mais adequado. Na prática Médico-Veterinária, no
entanto, a excisão dos gânglios linfáticos regionais, principalmente os axilares só se efectua
quando o seu envolvimento é clinicamente evidente. Uma forma de ultrapassar esta limitação
consiste em avaliar estes gânglios por citologia aspirativa que tem demostrado ser muito útil para
confirmar metástases ganglionares.
As características tumorais que indiciam malignidade são o crescimento rápido e infiltrativo
com aderência a tecidos circundantes e o tamanho tumoral. Tumores com mais de 5 cm de diâmetro
têm uma grande probabilidade de ser malignos. A ulceração cutânea é outro dado sugestivo de
malignidade clínica.
Diagnóstico
O diagnóstico definitivo baseia-se no resultado histopatológico da biópsia.
O exame citológico só é conclusivo se indicar malignidade, uma vez que tem sido
demonstrado não haver correlação entre os resultados da citologia e do exame histopatológico em
tumores mamários caninos. Este facto atribui-se, em parte, à grande complexidade histológica
destas neoplasias e à grande percentagem de tumores que apresenta proliferação de células
mioepiteliais e áreas de tecido cartilaginoso e ósseo de muito difícil diagnóstico citológico. Por
outro lado, o exame histopatológico permite avaliar outro tipo de critérios de importância
prognóstica como a presença de necrose tumoral ou a arquitectura tecidular, importantes para a
avaliação do grau de malignidade do tumor. No entanto, o exame citológico pode ser útil para
descartar possíveis diagnósticos diferenciais como mastites, lipomas, mastocitomas, entre outros,
assim como para diagnosticar a presença de metástases ganglionares.
Tratamento
A cirurgia é o tratamento de eleição para todos os tumores mamários caninos, excepto para o
carcinoma inflamatório. A excisão cirúrgica permite o exame histopatológico do tumor, podendo
ser curativa e ainda melhorar a qualidade de vida do doente.
A selecção da técnica cirúrgica (mais ou menos agressiva) depende do número de tumores e
da sua localização na cadeia mamária, das características clínicas do tumor (tamanho, aderência,
ulceração), do estado clínico do doente e da preferência do cirurgião.
Não há estudos que confirmem o benefício de uma cirurgia radical ou radical modificada em
relação à mastectomia simples, desde que as margens de segurança sejam respeitadas (2 cm em
torno do tumor). A escolha da melhor abordagem cirúrgica depende principalmente do número de
tumores e das suas características clínicas, assim como da sua localização na cadeia mamária, tendo
sempre presente que a abordagem mais radical poderá não trazer benefícios acrescidos em termos
de sobrevida total.
É muito importante que sejam retirados todos os tumores e enviados (devidamente
identificados) para exame histopatológico. Nas cadelas é comum coexistirem nódulos de diferentes
tipos histológicos e com comportamento biológico distinto, pelo que um único nódulo pode não ser
representativo do tumor de maior agressividade clínica.
Os gânglios linfáticos regionais (axilares e inguinais), devem ser avaliados clinicamente e
por citologia e removidos caso estejam afectados.
Existem dois métodos classicamente aceites na abordagem cirúrgica dos TMC, tendo por
base a drenagem linfática das cadeias mamárias (Quadro 2).
Quadro 2: Abordagem cirúrgica em canídeos com tumores mamários
Tumor Mastectomia radical modificada Mastectomia radical
Glândula 1(torácica craneal) Remover 1 Remover 1, 2, 3
2 (torácica caudal) 1, 2 1, 2, 3
3 (abdominal cranial) 1, 2, 3 1, 2, 3, 4, 5
4 (abdominal caudal) 4, 5 3, 4, 5
5 (inguinal) 4, 5 3, 4, 5
Alguns autores defendem abordagens mais conservadoras, principalmente quando se trata de
tumores de pequenas dimensões (< 1 cm) e com localização central na glândula mamária. De facto
esta poderá ser a abordagem correcta quando se trata de tumores únicos, uma vez que a maioria das
vezes não conhecemos a natureza do tumor (benigno ou maligno). No caso de tumores múltiplos
que afectam várias glândulas de uma mesma cadeia mamária, devido à complexa drenagem
linfática, deve optar-se pela mastectomia radical ou radical modificada. Quando for necessário
proceder a uma mastectomia total bilateral, esta deverá ser efectuada em dois tempos operatórios,
intercalados, se possível, de 3 a 4 semanas, uma vez que a cicatrização será mais fácil e as
complicações pós-cirúrgicas menores.
Em conclusão podemos dizer que a sobrevida total dos animais após cirurgia a tumores
mamários, não depende da técnica cirúrgica utilizada, mas da completa remoção de todos os
tumores respeitando em todos eles margens de segurança correctas.
No caso particular do carcinoma inflamatório, devido ao seu comportamento agressivo e à
forte capacidade infiltrativa nos tecidos subcutâneos, a cirurgia por si só não permite controlar a
doença. Alguns autores defendem, neste caso, o uso de tratamentos anti--inflamatórios,
nomeadamente com piroxican (0,3 mg/Kg PO SID), que actua como antagonista da PGE2. Esta
droga tem mostrado actividade anti-tumoral em carcinomas de bexiga nesta espécie, no entanto,
serão necessários mais estudos para clarificar o seu valor terapêutico no tratamento médico do
carcinoma inflamatório, assim como em outros tipos de tumores mamários.
Quimioterapia
Por norma, a quimioterapia não está recomendada no tratamento dos tumores mamários na
cadela. Certas drogas (Doxorrubicina-30 mg/m2; Mitoxantrona-6mg/m2), têm mostrado alguma
eficácia, mas não há estudos clínicos que demonstrem qual a melhor droga ou o melhor protocolo
terapêutico para estes tumores. Na realidade, devido à extrema heterogeneidade dos tumores
mamários da cadela, é muito difícil predizer ou caracterizar a quimiossensibilidade dos diferentes
tipos histológicos. Este quadro é ainda complicado pelo facto de nem sempre as metástases à
distância terem as mesmas características do tumor primário, nem reagirem da mesma forma à
quimioterapia.
Terapia hormonal
Drogas antiestrogénicas como o tamoxifen, foram testadas em cadelas com tumores
mamários malignos num número reduzido de estudos (2 estudos). Apesar do êxito terapêutico
observado em Medicina Humana, os estudos realizados em Medicina Veterinária não demonstraram
qualquer actividade anti-tumoral ou alteração no tempo livre de doença ou na sobrevida total. Os
dois estudos demonstraram que as cadelas sujeitas a tratamento com tamoxifen desenvolviam
muitos efeitos secundários, alguns do tipo estrogénico (descarga vulvar, incontinência urinária,
piómetra, sinais característicos de cio), pelo que, enquanto não se esclarecer o valor terapêutico
desta droga em cadelas, o seu uso não é recomendado. Recentemente, alguns estudos demonstraram
que a presença de receptores hormonais também apresentava relação com o prognóstico mas, dada a
Congresso de Ciências Veterinárias [Proceedings of the Veterinary Sciences Congress, 2002], SPCV, Oeiras, 10-12 Out., pp. 183-190
limitação de muitos laboratórios em determinar a presença de receptores hormonais, este não é um
parâmetro usado com frequência na avaliação do prognóstico.
A castração, no momento da cirurgia, não tem demonstrado vantagens adicionais no que
respeita ao tempo livre de doença ou à sobrevida total. No entanto, está recomendada em fêmeas de
idade não muito avançada (menos de 10 anos) que sofram de tumores benignos, uma vez que esta
cirurgia pode evitar o aparecimento de novas neoplasias mamárias benignas e em todas as fêmeas,
sem limite de idade, para prevenir patologias do foro ginecológico. Quando se optar por realizar a
ovariohisterectomia numa fêmea com tumores mamários, esta deve ser efectuada antes da cirurgia
mamária, num tempo operatório distinto, a fim de evitar que as células neoplásicas sejam
introduzidas de forma iatrogénica na cavidade abdominal.
Prognóstico
Os principais factores de prognóstico estão relacionados com as características clínicas do
tumor (tamanho, presença de ulceração cutânea, crescimento rápido recente), com o estádio clínico
da doença (invasão regional ou à distância), e com as características histológicas (tipo histológico;
grau nuclear e índice mitótico). Alguns estudos recentes apontam novos factores de prognóstico no
âmbito da biologia molecular, nomeadamente o índice de proliferação tumoral e a densidade de
microvasos no interior do tumor. Os animais com tumores muito proliferativos, assim como aqueles
com uma maior densidade de microvasos no interior do tumor apresentam menor sobrevida após
cirurgia. Infelizmente por limitações de ordem financeira estes parâmetros não são avaliados por
rotina, encontrando-se ainda no domínio da investigação. Ainda existe alguma controvérsia em relação à influência da invasão ganglionar regional na
sobrevida total após cirurgia. Num estudo que efectuamos em 36 animais com tumores mamários
malignos verificámos que no grupo com invasão ganglionar a média de sobrevida total aos 18
meses foi de 25%, enquanto no grupo de animais sem invasão ganglionar a média de sobrevida aos
18 meses foi de 86%. Os nossos dados apoiam os mais recentes nesta área, pelo que gostaríamos de
reforçar a ideia de que os gânglios linfáticos devem ser removidos sempre que apresentem sinais
reactivos (hipertrofia, dor à palpação, aumento local da temperatura). A remoção dos gânglios
linfáticos permite um estadiamento clínico mais rigoroso, uma vez que no exame histopatológico é
possível detectar a presença de metástases ou micrometastases ganglionares.
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